(Detalhes de Felicidade #1 AQUI)
Desembarcámos num avião numa terra distante.
Tudo é diferente! As cores, os
cheiros o movimento e o ritmo. E ainda nem sequer saímos do aeroporto. Os estímulos são tantos que toda a informação se torna avassaladora... Mas é isso que o viajante procura, por isso, a
adrenalina do avassalador transformasse em felicidade. Pelo menos até descobrirmos que nos perderam a mala durante
a viagem de quase trinta horas. Onde tivemos que trocar, nunca menos de duas
vezes, de avião. Vimos aquele filme
que não conseguimos ver no
cinema. Dormimos, tortos no chão, ou na cadeira de
ferro desconfortável do aeroporto,
enquanto esperamos pela nova hora de embarque. E agora que devíamos estar a usufruir da realidade do nosso
novo "mundo"... Estamos a
discutir com os funcionários do aeroporto, a
tentar fazermos-nos entender noutra língua, que o funcionário também não domina. A preencher "500" impressos para conseguir
recuperar a mala. Toda a nossa vida! Porque é isso que a mochila do viajante representa agora, que está do outro lado do mundo. Desiludidos,
derrotados, acabamos por abandonar o aeroporto e seguir para o hotel, com a
certeza que no dia seguinte vamos ter que voltar para o aeroporto, gastar mais
do nosso precioso dinheiro destinado ás aventuras no novo "mundo", para descobrir que nunca mais
vamos recuperar a mala!!
O viajante está no hotel que reservou antes de sair de casa e nem se apercebe das
comodidades que tem, água quente, ar condicionado, roupa de cama
lavada, toalha de banho, etc... Dorme agitado a pensar que a sua viagem está perdida juntamente com a sua mala onde a
custo empacotou a sua vida.
No dia seguinte com olheiras, levanta-se e
tenta regatear o melhor preço para voltar ao
aeroporto. Quando finalmente chega ao aeroporto, vivo! O taxista concretizou a
difícil tarefa de não atropelar ninguém, de não se espetar contra
outro carro, tuck-tuck, mota, autocarro ou camião e nenhum destes se espetou contra o táxi. No meio de todas as
possibilidades de ver a sua viagem arruinada porque a sua mala desapareceu, o
viajante está... Feliz!!!! Eu sei,
parece incrível, mas sobreviver a
uma viagem pelo trânsito de Nova Deli
faz-nos sentir quase imortais.
No aeroporto, descobrimos que só quem tem
bilhete de embarque pode passar as portas principais. Os militares, altamente
armados não deixam ninguém, não autorizado, passar as portas do aeroporto. "Aí a minha vida!!! Aí a minha mala!" Pensa o viajante enquanto
deseja poder insultar o militar, os responsáveis pelo aeroporto, a gente daquele estranho pais. Mas não o faz!
O viajante opta por reunir toda a sua energia e
dedicar-se a resolver o problema. Dirigisse ao balcão da companhia. Explica a situação. Mandam-no esperar pelo responsável pelas malas. Explica a situação. Pedem-lhe para esperar porque tem que falar com o responsável no aeroporto pelas malas. Explica a situação, ao telefone. Quando finalmente todas as
pessoas envolvidas já sabem a história da mala perdida e mais alguns detalhes
sobre a vida do viajante (completamente desnecessários para a recuperação da mala). Alguém resolve informar o viajante que a mala já chegou. Yupi!!! Pensa o viajante os
neurotransmissores começam a agitar-se no cérebro do viajante, preparam-se para enviar a
mensagem "da felicidade" quando o funcionário da companhia continua:
"A mala está no aeroporto, mas sem
bilhete de embarque o viajante não pode entrar e sem o
viajante a mala não pode sair!"
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